Khamenei ainda usou uma das ameaças do republicano em seu discurso. "Trump disse 'tenham medo de mim' e eu respondo 'não'.
A nação iraniana vai responder com uma manifestação no dia 10 de fevereiro [dia da Revolução] e mostrará que tipo de comportamento toma perante às ameaças", afirmou.
Seguindo as críticas ao presidente, ele usou mais uma das frases postadas no Twitter por Trump, de que o Irã deveria "agradecer" o ex-presidente Barack Obama pelo "bondoso" acordo nuclear, assinado em julho do ano passado, com outras potências ocidentais.
"O neo-presidente norte-americano disse que deveríamos ser gratos a Obama. Por que? Devemos ser gratos a ele pelo Isis [Estado Islâmico]? Por ter aberto fogo contra o Iraque e a Síria ou pelo seu apoio aberto pelas desordens no Irã em 2009? Foi Obama quem provocou as sanções paralisantes para a nação iraniana", ressaltou o aiatolá.
Desde que anunciou a proibição na entrada de iranianos nos EUA, os dois países voltaram a entrar em "guerra" publicamente. Um teste de míssil no Irã foi um "motivo" para Trump anunciar novas sanções contra Teerã, ao que o governo do país irá reagir "em breve".
Síria
Para causar ainda mais tensão, o presidente da Síria, Bashar al-Assad, aproveitou o momento para elogiar algumas das medidas de Trump contra o terrorismo. Síria e Irã são antigos rivais e ambos os governos trocam acusações sistêmicas de patrocinar - através de dinheiro e municiamento - os terroristas que atuam na região.
Segundo Assad, que sempre foi considerado um ditador pelo governo Obama, as declarações do republicano "são encorajadoras" e que a possível nova coalizão contra os terroristas formadas por Rússia e EUA "será positiva para o resto do mundo".
"As declarações que ouvimos de Trump durante a campanha eleitoral e depois são promissoras no propósito de prioridade no combate aos terroristas, sobretudo o Isis, que é o que nós pedimos nos últimos seis anos", disse Assad à agência de notícias oficial do país, Sana. No entanto, o mandatário ressaltou que "ainda é cedo" para julgar o comportamento norte-americano.
Durante o governo Obama, EUA e Europa formaram uma coalizão para derrotar o terrorismo no Iraque e na Síria e sempre exigiram a renúncia de Assad para poder encontrar uma via diplomática para a paz.
Já a Rússia sempre apoiou o presidente sírio e disse ser Assad uma das peças-chave para levar paz ao país após mais de seis anos de conflito civil. Com Trump, há a espera para saber qual será a postura da nova administração na questão, já que EUA e Rússia sempre foram rivais históricos.
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