O acusado André Lemos da Silva |
A Secretaria de
Segurança Pública (SSP). Por meio da Polícia Civil apresentou em
coletiva na manhã desta quarta-feira (15), no auditório do Centro
Integrado de Operações de Segurança (CIOPS), por volta das 09h, o
acusado André Lemos da Silva. Ele fora preso pelo envolvimento em
confecção e falsificação de cartões da Previdência Social. A sua prisão
aconteceu no bairro do Turu, após investigações e monitoramento, onde
fora apreendido com o criminoso maquinários para a fabricação dos
cartões falsos, e cerca de 517 cartões, sendo que 172 deles estavam
ativos e sendo usados de forma criminosa.
As informações
repassadas na coletiva sobre a prisão de André Lemos da Silva, se deu
através de investigações realizadas a cerca de três meses, pela
Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), por meio do
Departamento de Investigações de Crimes Tecnológicos. Os policiais da
SEIC descobriram que o acusado estava advindo de Brasília e ao
desembarcar no aeroporto Cunha Machado, fora seguido até o bairro do
Turu. No local ele foi abordado e detido e encontrado diversos
maquinários usados na ação delituosa.
A Delegada
Geral Adjunta de Polícia Civil Adriana Amarante, representando o
Secretário de Segurança Pública Jefferson Portela e o Delegado Geral
Lawrence Melo por conta de uma viagem para a entrega de uma Unidade
Tática das Cidades, no município de Cidelândia, informou que “O suspeito
estava realizando um crime de estelionato perpetrado contra o Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS). O criminoso foi denunciado por conta
de diversas denúncias, sucedendo na sua prisão. A Polícia Federal foi
informada sobre a importante prisão, no sentido de coibir os crimes
contra a Previdência Social. A Polícia Federal prosseguirá as
investigações no sentido de identificar outros envolvidos. Quero
parabenizar a Polícia Civil pelo serviço realizado pela SEIC, culminando
na prisão do acusado”, ponderou a delegada adjunta.
Crimes contra a Previdência Social
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Delegados da Polícia Civil durante apresentação do acusado. |
O
superintendente da Seic Thiago Bardal ressaltou, que há cerca de três
meses, a Seic já vinha investigando o André Lemos da Silva. Ele já fora
preso em 2012 no município de Bacabal, por falsificação de cartões e
tinha ainda um Mandado de Prisão pela Comarca de Bacabal. Nesta
terça-feira (14), os investigadores sabendo previamente que ele estava
chegando em São Luís, realizou um monitoramento finalizando até o bairro
do Turu. No local que funcionava como um laboratório fora encontrado
517 cartões, sendo que destes, 172 cartões estavam ativos e sendo usados
de forma a fraudar o INSS. Segundo o que investigamos, cada um dos
cartões era usado para o recebimento de um salário mínimo, no valor de
R$ 937 reais. Esses valores em um mês somavam R$ 160 mil por mês, e
anualmente a um valor de cerca de R$ 2 milhões de reais, um prejuízo
muito grande para a previdência social.
Thiago Bardal
reiterou ainda, que o falsificador agia da seguinte forma, “O André
Lemos da Silva escolhia o “benefício espécie 88”, do INSS. Este é um
benefício de amparo assistencial ao idoso. Quando o beneficiário vem a
falecer, o benefício é instinto. O acusado André Lemos que possui
corretores tanto na capital como no interior, sabendo da morte de um
beneficiário, procurava a família e comprava o cartão e as senha pelo
valor de R$2 mil reais. Realizando as fraudes e usando cartões falsos, o
André continuava a receber o benefício do falecido. Quando chegava a
data de renovação do benefício, o acusado realizava uma forma de
falsificar a documentação do falecido. Novamente, o André Lemos
falsificava o benefício. Ele emitia um novo RG, com o nome do falecido e
colocava uma foto de um idoso laranja. Este idoso se passando pelo
falecido, se dirigia até uma instituição financeira e renovava o
benefício. Assim ele recebia o benefício por mais um ano. Após a prisão
de André Lemos, o flagrante fora comunicado à instância Federal. No
momento da sua prisão foi encontrado com ele, três documentos falsos,
constando o seu nome, mas de formas diferentes. Ele foi autuado pelos
crimes previstos no Artigo 298.1, por clonagem de cartão, furto
qualificado mediante fraude, falsificação de cartões e uso de documento
falso” finalizou.
Laboratório para fraudar o INSS
No laboratório
localizado no bairro do Turu, fora encontrado comprovantes de residência
em branco, papel moeda de RG em branco, impressoras para confecção do
cartão Magnético e impressoras diversas e ainda material de apoio para a
confecção dos cartões. Presente ainda na coletiva, o delegado Odilardo
Muniz que coordena o Departamento de Investigações de Crimes
Tecnológicos informou que “André Lemos teria adquirido o maquinário e
softs para a ação criminosa. Foi contabilizado que o criminoso teria
fraudado a previdência na ordem de de 2 milhões por ano, o prejudica a
todos os contribuintes da previdência Social. As pessoas que vendiam as
informações também responderão na Justiça pelos crimes”, sinalizou o
delegado.
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