"Pode ser muito tarde para Temer recuperar sua credibilidade. Com menos de dois anos no seu mandato, o Brasil parece estar à espera de que o seu Trump apareça. Populistas de fora da política tradicional, como o novo prefeito de São Paulo, um magnata de negócios que estrelou a versão brasileira do Aprendiz, são freqüentemente mencionados entre os primeiros favoritos para 2018.Washington PostNa avaliação do jornal, muitos brasileiros adotaram a agenda de austeridade de direita de Temer que inclui o teto de gastos públicos, a resistência em liberar recursos da União para estados e municípios sem uma contrapartida e a flexilização para empresas estrangeiras explorarem o petróleo brasileiro.
O texto conta que Temer assumiu o poder há cinco meses, após o "impeachment e a humilhação política da primeira líder política do País, Dilma Rousseff" e nomeou, em um primeiro momento, para o primeiro escalão, apenas homens, dando início a uma agenda de direita.
Na avaliação da da analista política e feminista Rosiska Darcy, as brasileiras deveriam tomar a Woman's March, protesto feminista contra Trump, como exemplo. "Os americanos mostraram a resistência", disse Darcy. "Temos que lutar contra essa onda de conservadorismo", completou.
O Washington Post ressalta a falta de popularidade de Temer, em torno de 14% de aprovação, patamar próximo ao de Dilma antes de deixar o Palácio do Planalto. O jornal, contudo, deixa claro as diferenças entre Temer e Trump.
"Temer, com 76 anos, não é uma versão brasileira de Trump. Ele não tem um toque populista ou um estilo de showman. Ele é um político de carreira e membro do governo em um momento em que ambas as coisas são profundamente impopulares no Brasil.
Washington PostO texto é assinado pelo correspondente do jornal na América Latina, Nick Miroff, e pela correspondente brasileira da publicação, Marina Lopes.
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