O deputado estadual Othelino Neto (PCdoB) rebateu, na sessão desta quinta-feira (16), a oposição que tentou explorar, politicamente, a sessão especial com o secretário estadual de Infraestrutura, Cleyton Noleto, para tratar do programa “Mais Asfalto”. Em resposta, o vice-presidente da Assembleia Legislativa lembrou ao deputado Adriano Sarney (PV) que o maior legado da oligarquia foi ter deixado o Maranhão como o Estado mais pobre e mais injusto da Federação.
“Esse
é o legado que vocês carregam nas costas como um carimbo que o tempo passa e
não sai, porque receberam um Estado próspero e entregaram-no com os piores
indicadores do Brasil, com o povo mais pobre do país. Mandaram no Maranhão, na
República e entregaram o Estado na pior situação possível, e isso ninguém vai
conseguir tirar, nem a força do império de comunicação tem como tirar. Vocês
vão carregar para sempre e para toda a história a mácula de ter entregue um
Estado, visivelmente, muito mais pobre do que receberam”, comentou.
Durante o seu pronunciamento, Othelino Neto
disse que Cleyton Noleto atendeu a um convite, fruto de um requerimento do
deputado Edilázio Júnior (PV). O vice-presidente da Assembleia explicou que não
se tratou de uma convocação e que o secretário, prontamente, veio na maior boa
vontade ao parlamento para tratar do programa “Mais Asfalto” e não esperava ser
recepcionado por interesses, meramente, político-eleitoreiros.
“Se
medo tivesse de falar das ações de sua secretaria ou do programa Mais Asfalto,
poderia não ter vindo. Poderia ter protelado a vinda. Nós sabemos que esta Casa
tem uma ampla maioria governista e, num debate interno, poderia ser indeferido o
requerimento de convocação do secretário. Mas o líder do governo, deputado
Rogério Cafeteira, inclusive, propôs que transformasse em convite para que ele
garantisse a vinda do secretário aqui. Na data em que nós marcamos, ele veio”,
disse.
Othelino
destacou que Cleyton Noleto se prontificou e ficou, durante cerca de seis
horas, tempo necessário, para ouvir todas as intervenções dos 13 deputados que
foram à tribuna para se manifestar e fazer questionamentos. Segundo o
vice-presidente, que conduziu a sessão especial, dos 13 deputados que foram à
tribuna, seis são de oposição, alguns com mais veemência, outros de forma mais
comedida, todos fizeram as suas críticas, as suas perguntas e o secretário
Clayton respondeu a todas. “Ele foi, inclusive, corajoso ao ponto de aceitar
uma sistemática não usual, proposta pelo deputado Braide, que foi mais ou
menos como fazer um ping pong”, comentou.
Segundo
Othelino, os deputados da oposição perderam uma boa oportunidade de mostrar
para a sociedade que não estão com “dor de cotovelo” e que concordam com o
programa “Mais Asfalto”, porque ser contra uma ação, que leva pavimentação para
as ruas das pessoas, não se pode atribuir a isso outra coisa, porque só é
contra o asfalto quem nunca comeu poeira na sua casa.
“Olha,
tomem cuidado, porque, possivelmente, os eleitores de vocês estão escutando
isso. Pode ter, lá no município de Bequimão, onde o deputado Adriano Sarney foi
muito bem votado, um eleitor que não gostou do comentário. Pode ter, lá em
Timon, onde o Edilázio foi votado, alguns eleitores que receberam os benefícios
do Mais Asfalto e não gostaram de ouvi-lo protestando contra o programa aqui.
As ações do Mais Asfalto aconteceram no período eleitoral, como aconteceram
antes do período eleitoral”, afirmou.
Othelino
Neto disse ainda que os números citados pelo
secretário colocaram abaixo os argumentos de que o “Mais Asfalto” tem um viés
eleitoral. Segundo o deputado, o investimento do programa foi maior em 2015 do
que em 2016.
Mais
Asfalto
No pronunciamento, Othelino disse que se a
oposição mandar fazer uma pesquisa vai perceber que o governo
Flávio Dino está muito bem avaliado no Maranhão. Segundo ainda o deputado, as
obras do governo não pararam após as eleições passadas. “Se você observar,
inclusive São Luís, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior, no dia seguinte a sua
reeleição, estava visitando obras na cidade. Agora, se você for olhar a capital
agora, claro que o ritmo das obras diminuiu, porque nós estamos em pleno
período chuvoso. Vai jogar dinheiro público fora?”, indagou.
“Agora,
mesmo respeitando esse embate, que é natural e legitimo, é evidente que o
governo Flávio Dino não agrada a todos. Mas ele não agrada, principalmente, a
uma minoria que mandava no Maranhão e que agora não manda mais. Vocês eram
acostumados a um modelo antigo, por isso se incomodam tanto com o Mais Asfalto,
porque se beneficiavam com base em programas eleitoreiros”, alfinetou Othelino
Neto.
O
deputado disse que o programa “Mais Asfalto” vai continuar e chegará aos 217
municípios do Maranhão assim como muitas outras obras importantes vão acontecer
no Estado. De acordo com o parlamentar, ao chegar a 2018, o Maranhão, em quatro
anos, vai estar melhor do que esteve no passado porque, ao longo desse período,
terá sido feito muito mais pelo Maranhão do que o grupo Sarney fez em 50. “Mas
essa é uma análise mais íntima que vocês farão porque, em dois anos, o Maranhão
já é diferente”, concluiu.
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