Secretário Carlos Lula fez vistoria a unidade que agora é administrada pela EMSERH. Foto: Nael Reis/Secap
O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, afirmou nesta segunda-feira
(12) que o Governo do Maranhão vai tomar todas as medidas cabíveis para
que recursos que tenham sido desviados da área retornem aos cofres
públicos. A quarta fase
da Operação Sermão aos Peixes, feita pela Polícia Federal, identificou
irregularidades atribuídas ao Instituto de Desenvolvimento e Apoio à
Cidadania (Idac) na prestação de serviços à Saúde no Maranhão.
“A
gente vai tomar todas as providências para que o povo seja ressarcido.
Vamos pedir cópia do processo na Justiça Federal para buscar esse
ressarcimento aos cofres públicos”, disse o secretário durante vistoria
no Hospital Aquiles Lisboa, em São Luís.
A
unidade, que é referência no tratamento de pacientes com hanseníase,
passou a ser gerenciada pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares
(Emserh) após o decreto que cancelou o contrato com o Idac.
O
Governo do Maranhão vem reduzindo progressivamente a presença de
entidades terceirizadas na Saúde do Estado. A Emserh vem assumindo a
gestão dos hospitais.
“A
gente tem certeza de que o modelo é este: estamos acabando com a
terceirização do serviço público no Estado, e a Emserh vai
paulatinamente assumindo a administração dessas unidades”, afirmou
Carlos Lula.
Em
2014, na gestão passada, foram gastos R$ 925,6 milhões com essas
organizações. Em 2015, o valor já tinha caído para R$ 753,4 milhões. Em
2016, caiu para R$ 589,6 milhões. Ao todo, em dois anos, foram R$ 508,2
milhões economizados.
Vistoria
Na
vistoria feita no Hospital Aquiles Lisboa, foi verificado que a unidade
está funcionando de modo adequado e não houve nenhum prejuízo para os
pacientes ou para os funcionários após o decreto mudando a gestão.
Secretário Carlos Lula fez vistoria a unidade que agora é administrada pela EMSERH. Foto: Nael Reis/Secap
“Desde
o primeiro dia, já há uma semana, acontecem essas visitas às unidades
que estão passando para a administração da Emserh para não deixar nada
faltar nessas unidades. E o atendimento continua normal”, disse o
secretário Carlos Lula.
Os
pacientes também dizem que o atendimento continua normal. A dona de
casa Joselia Helena Freitas de Sousa, 38 anos, realiza o tratamento de
autismo da filha duas vezes por semana no hospital, recorrendo a terapia
ocupacional, fonoaudiólogo e psicólogo. “É um hospital muito bom, pude
ver aqui o desenvolvimento da milha filha. Os médicos são muito bons e
não faltam”, disse.
Ianik
Leal, presidente da Emserh, disse que as equipes técnicas do governo já
visitaram todas as unidades que eram administradas pelo Idac: “Com base
nos relatórios dessas unidades nós vamos poder agir efetivamente”.
“A
responsabilidade não é pequena, mas a Emserh é uma proposta do
governador Flávio Dino. Nós trabalhamos para uma saúde de qualidade,
para que todos os maranhenses possam ter uma saúde digna”, afirmou Leal.
O hospital
Entre
janeiro e abril deste ano, o Aquiles Lisboa realizou 30.164 consultas
com especialistas, além de oferecer 96.498 serviços, entre eles,
procedimentos odontológicos e exames de imagem e laboratório. A unidade
dispõe de clínico médico, dermatologista, pediatra, ginecologista,
ortopedista, neurologista, reumatologista, urologista, nutricionista,
psicólogo e fonoaudiólogo, além de terapeutas ocupacionais e assistentes
sociais.
“O
que temos é a garantia da continuidade dos serviços, e, nesta uma
semana, nós já conseguimos ampliá-los”, afirmou Raul Fagner Silva,
diretor administrativo da unidade.
“Os
funcionários do hospital e a comunidade receberam com alegria porque,
mesmo num momento tumultuado, a gente vai continuar com essa qualidade e
com o atendimento que os profissionais do Aquiles Lisboa fazem”.